HISTÓRIAS ENCANTADAS
- de
verdade –
Lenice
Novaes
A MALA DA
ALEGRIA
“Venham até
mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso”
(Mateus 11:28)
Tem que ser
aberta
Todo santo
dia,
A mala da
alegria.
A chave para
abri-la
É guardada
no coração
E girada
pela emoção.
Carregue-a
sempre por perto
Como uma boa
companheira,
Amiga fiel e
verdadeira.
Tenha sempre
à disposição
Os seus
tesouros inestimáveis
Para os dias
incontáveis.
Momentos
simples, singelos,
Pequenas
gentilezas
E muitas
sutilezas
Ela é mais
leve
Que a suave
pena
Deixa a alma
bem serena
(homenagem à
minha querida sobrinha Debora)
OVELHINHA
DE JESUS
“E quando a
encontra, coloca-a alegremente nos ombros” (Lucas 15:5)
Havia cem ovelhinhas
Todas bem
guardadinhas
No aprisco
do bom pastor
Que as conta
com amor.
Não! Falta
uma somente.
Ele sai
tristemente
À procura da
perdida
Coitada!
Pode estar ferida.
Ele a
encontra, então.
Carrega-a
junto ao coração.
Volta pra
casa feliz:
Cumprindo
sua missão.
FLORZINHA
DE JESUS
“Porque para
Deus somos o bom perfume de Cristo” (II Coríntios 2:15)
Sou uma
florzinha de Jesus,
Do
jardineiro celestial,
Com unção
especial,
Azeite
espiritual.
Tenho as
cores da aliança,
Do arco da esperança,
Junto a
ribeiros plantada,
Com a água
viva regada.
Faço do
deserto, manancial.
Na terra
fértil semeada,
Dou fruto
multiplicado
Pelo Criador
abençoado.
PROCURA-SE
UMA CRIANÇA
“Por que
vocês estavam me procurando? Não sabiam que Eu devia estar na casa do meu Pai”
(Lucas 2:49)
Desespero e
agonia
O coração de
Maria
Invadiam.
Seu filhinho
onde estava?
Com o seu
pai, José?
Pode ser,
né?
Três dias de
caminhada.
Estaria com
a criançada?
Que nada.
Estava no
meio dos doutores,
Todos abismados,
Maravilhados.
Tratando dos
negócios do Pai,
Em graça e
sabedoria,
O menino
crescia.
CINCO
MAIS DOIS É IGUAL...
“Quando
Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles” (Marcos
6:34)
Uma grande
multidão,
O Mestre seguia.
A tarde caía
E a fome
chegava.
Cheio de
compaixão,
Jesus se
preocupou.
Os
discípulos não entendiam,
Como a todos
alimentariam,
Mais de
cinco mil pessoas.
Um menino
creu,
Seu lanche
ofereceu:
Cinco pães e
dois peixinhos.
Jesus deu
graças e orou,
Os peixes e
pães, multiplicou.
Todos se
assentaram,
Comeram e se
fartaram,
E doze
cestos sobraram.
UMA LIÇÃO
PARA OS GRANDÕES
“Deixem vir
a Mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são
semelhantes a elas” (Mateus 19:14)
Vinde a Mim
os pequeninos,
Não os
impeçam, por favor.
Da boca das
crianças
Sai o
prefeito louvor.
Com pureza e
simplicidade
Ao Mestre
atrai.
Delas é o
Reino dos céus,
Elas veem a
face do Pai.
No colo do
Bom Pastor
São aceitas
sem distinção,
São usadas
como exemplo,
Como modelo
pra salvação.
-Hosana ao filho
de Davi!
Elas não se
calarão.
-Hosana ao
filho de Davi!
Até as
pedras clamarão.
EMBAIXADORES
DO REI
“Portanto
somos embaixadores de Cristo” (II Coríntios 5:20)
Não sou
desse mundo real,
Embaixador
comissionado,
Sou do Reino
celestial,
Com uma
missão designado.
Ministério
da reconciliação,
Em terras
estranhas caminho,
Levando a
cada cantinho
A mensagem
do cristão.
O meu
príncipe é Jesus,
Príncipe da
Paz.
Venceu na
cruz
E voltará
logo mais.
ARMADURA
CELESTIAL
“Vistam toda
a armadura de Deus” (Efésios 6:11)
Contra
dominadores terríveis
Temos armas
poderosas.
Contra as
forças do mal
Temos
vitórias gloriosas.
O cinto da
verdade
Nos dá
liberdade;
A couraça da
justiça
Lança fora a
preguiça;
Com os pés
bem calçados
Os
evangelhos são pregados;
O escudo da fé
tem o poder
De o inimigo
vencer;
O capacete
da salvação
Só traz
proteção;
E a espada
do campeão
É a palavra
e oração.
MENSAGEIRAS
DO REI
“Pois eles
formarão uma coroa de bênção para a tua cabeça e colar de honra” (Provérbios
1:9)
Assim
resplandeça a tua luz
Para que
vejam as tuas obras
E
glorifiquem a Cristo Jesus,
Como nosso
salvador.
Crescendo na
Graça e na Verdade
Conhecendo e
prosseguindo,
Diante de
Deus e da sociedade,
Para a
glória do Senhor.
Beleza
essencial, a interior.
Invisível
aos olhos humanos,
Mas de
inestimável valor.
Tesouro
eterno imperecível.
A RAINHA
PLEBEIA
“Quem sabe
não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?” (Ester
4:14)
Era uma vez
uma menina órfã,
Obediente e
generosa.
Tornou-se
uma jovem
Bela e
corajosa.
Um dia o rei
convocou
Todas as
virgens do local.
Hadassa
então foi levada
Ao grande
palácio real.
Conhecida
como Ester,
Como uma
estrela brilhou,
Foi pelo rei
escolhida,
Que com ela
se impressionou.
O seu povo
foi ameaçado,
Então chegou
o momento
De jejum e
oração
Para o
salvamento.
Um plano
abençoado
Livrou da
morte os judeus
Pela rainha
querida,
Serva do
nosso Deus.
O MENINO
SONHADOR
“Não são de
Deus as interpretações? Contem-me os sonhos.” (Gênesis 40:8)
José era o
seu nome,
Queridinho
do papai Jacó,
Mas invejado
pelos irmãos
Num poço
ficou só.
Até ser
vendido como escravo
No Egito foi
trabalhar,
Mas na
prisão foi lançado
Como traidor
de Potifar.
Na prisão
foi fiel,
Sonhos
interpretou.
Assim chegou
ao faraó,
E sua
história mudou.
Da fome e
morte certa,
Toda a
terra, ele livrou.
Confiando em
Deus,
A seus
irmãos perdoou.
O MENINO
DAS ÁGUAS
“E lhe deu o
nome de Moisés, dizendo; porque eu o tirei das águas” (Êxodo 2:10)
Nasceu
condenado,
E ficou
escondido,
Foi num
cesto colocado
E pela irmã
protegido.
A princesa o
encontrou
E tomou uma
decisão:
Como filho o
adotou
E o amou de coração.
Sua mãe foi
chamada
Para a ele
amamentar,
Sentiu-se
abençoada
O seu filho pôde
criar.
Quando
cresceu,
Herói se
tornou,
Guiou o povo
hebreu,
Do Egito os
libertou.
Abriu o mar,
venceu o deserto,
Fez milagres
sem igual,
Viu Deus de
perto
E foi para o
céu afinal.
O MENINO
E O GIGANTE
“O Senhor
não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração” (I
Samuel 16:7)
Era o menor
entre os irmãos,
Pastorzinho
e compositor,
Tocava harpa
e cantava
Belos salmos
ao Senhor.
Para proteger
seu rebanho,
Matou um
urso e um leão.
Estava sendo
preparado
Para um
inimigo grandão.
Golias era o
gigante,
Assustador e
arrogante,
Blasfemava e
assustava,
O exército
se apavorava.
Com cinco
pedrinhas
E muita fé
no coração
Aceitou o
desafio
E o gigante
foi ao chão.
A MENINA
E O GENERAL
“Agora sei
que não há Deus em nenhum outro lugar” (II Reis 5:15)
Para a Síria
ela foi levada,
Como escrava
vivia,
Mas a
palavra foi pregada
E o seu
Senhor foi curado.
Ele com
lepra foi atacado
Mas ela se lembrou
do profeta
Muito bom e
consagrado,
Com a sua
senhora compartilhou.
O general
bem acompanhado
Procurou o
rei de Israel,
Que ficou
desesperado.
Mas Eliseu
tinha a solução.
No Rio
Jordão mergulhou
Indignado e
sem fé,
Na sétima
vez, limpo ficou.
O milagre
aconteceu!
O JOVEM
SÁBIO
“Louvado
seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a Ele pertencem”
(Daniel 2:20)
Daniel e
seus amigos
Foram
levados cativos
Expostos a
muitos perigos
Na rica
Babilônia.
Era tudo de qualidade:
Alimentação
e ensino,
Eram fiéis
de verdade
Três vezes a
Deus oravam.
Primeiro foi
a fornalha ardente
Mas um anjo
os guardou
E saíram
ilesos completamente
O fogo não
os atingiu.
Depois
Daniel foi jogado
Na terrível
cova dos leões
Mas também
foi retirado
Vivo e
glorificando a Deus.
JOSÉ, FILHO DE DAVI
“Ao acordar José fez o que o anjo do
Senhor lhe tinha ordenado” (Mateus 1:24)
Como era justo, José desposou Maria,
Não a infamou publicamente,
Intentou deixá-la secretamente,
Mas um sonho, tudo isso mudaria.
Homem obediente, de fé no coração,
Longânimo, humilde e ponderado.
Por um anjo, tudo foi explicado;
Recebeu a mulher e o filho, então.
Aceitou a manjedoura e a estrebaria
E ajudou a esposa dar à luz,
O messias, o menino Jesus,
Creu na profecia que se cumpria.
Nem o nome escolheu,
Deus conosco, Emanuel,
Nosso Salvador fiel.
Novamente ele obedeceu.
Sujeitou-se a Deus e à Sua vontade,
Cumpriu suas obrigações em Belém.
Avisado pelo anjo, fugiu também,
No Egito, escapou da mortandade.
Em Nazaré foi apresentado,
Simeão e Ana O abençoaram,
Sobre a Sua missão profetizaram,
Para crescer tão consagrado.
Adotar o Filho de Deus, deveria,
O filho de Davi, José, o carpinteiro.
O menino então cresceu por inteiro:
Em Graça, conhecimento e sabedoria.
A VOZ
MISTERIOSA
“Fala, pois
o teu servo está ouvindo” (I Samuel 3:10)
O menino
Samuel
No templo
morava,
Enquanto
dormia,
Uma voz lhe
chamava.
Pensou ser o
profeta:
-O senhor me
chamou?
Ouviu mais
uma vez
E novamente
se enganou.
Depois de
instruído,
Respondeu
corretamente:
-Fala, que o
teu servo ouve.
Disse
finalmente.
SOLDADO DE LUZ
“Este homem é para Mim um vaso
escolhido para levar o Meu nome perante os gentios e seus reis” (Atos 9:15
Era uma vez um soldado
Que vivia prendendo
As pessoas amigas de Cristo,
Algumas acabavam morrendo.
Saulo era seu nome.
Um dia viajava apressado
Para prender os cristãos.
Até tinha um mandado.
No meio do caminho
Uma luz tanto brilhou,
Que o derrubou do cavalo
E cego o deixou.
Saulo conheceu Jesus
E deixou de ser perseguidor,
Tornou-se Paulo, o missionário.
Falava de Deus e o seu amor.
Um dia foi preso com seu amigo Silas
Ficaram cantando e orando.
Um guarda foi contratado
Para ficar vigiando e cuidando.
De repente, aconteceu um terremoto,
As correntes caíram e as portas se
abriram.
O carcereiro ficou preocupado
Pensando: e se eles fugiram?
De tanto medo que sentiu,
Até tentou se matar,
Mas eles estavam lá
Para o carcereiro acalmar.
Agradecido ele perguntou
Como poderia se salvar.
Paulo falou de Jesus
Para ele crer e amar.
Ele e sua família
Creram e foram batizados.
Paulo e Silas, depois,
Foram então liberados.
E assim foi aumentando,
Dia a dia, os soldados de Jesus,
Trabalhando para o Senhor dos
Exércitos,
Mostrando o caminho da salvação e da
luz
NATAL NORDESTINO
“Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas
tenha a vida eterna” (João 3:16)
Naquele deserto sem fim,
No chão rachado do sertão,
José caminhava devagar,
Maria tava com um barrigão
Carregada pelo jumentinho
Em silêncio e meditação.
Na primeira cidade que chegaram
Era grande a agitação.
Passaram por uma feira
Que vendia de tudo então:
Bicho vivo, bicho morto,
Muita traia de montão.
O lugar era animado,
Tinha muita diversão.
A música “Asa Branca”
Cantada com emoção
Lembra Luís Gonzaga,
O eterno rei do baião.
Um tocava sanfona,
Outro tinha o triângulo na mão,
Outro tocava a zabumba
Com muita animação.
O forró corria solto
Atraindo a multidão.
José e Maria cansados
Procuravam uma pensão,
Mas tava tudo lotado,
Não tinha mais vaga não.
A cada porta que batiam,
Era a mesma situação.
Voltando então na feira,
Encontraram um bom cristão,
Levaram os dois pra um abrigo,
Pois teve compaixão.
Era apenas uma estrebaria,
Mas tinha proteção.
Depois do sol escaldante
A lua fazia clarão,
Maria deu a luz
Ao filhinho do coração,
Nosso Senhor Jesus Cristo,
O messias da salvação.
Perto dali os cangaceiros
Estavam de prontidão,
Amoitados de tocaia
Quando escutaram uma canção.
Eram os anjos anunciando
O nascimento do Rei e Sua missão.
-Oxente! Vixe! Arre!
O que será esta visão?
Bichinho, cabra da peste,
Não é o bando do Lampião.
Por que tu tá tão avexado?
Tu não é tão valentão?
Eles guardaram as peixeiras
E tomaram uma decisão:
Foram visitar o bebê,
Seguiram naquela direção,
Estavam aperreados
Com espanto e admiração.
Levaram rapadura e carne-de-sol
Pra Maria ter sustança;
Um belo chapéu de couro
Pra José, o pai da criança;
Leite de cabra para o neném,
A nossa eterna esperança.
A notícia se espalhou
E foi grande a festança,
Buchada de bode
E muita comilança,
Enquanto na manjedoura
O Menino-Deus descansa.
Nele todos podem ter
Total e plena confiança,
Ele nasceu e morreu
Pra gente ter paz e bonança.
É pelo Seu sacrifício
Que o Céu você alcança.